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quarta-feira, 3 de março de 2010

DIAGNOSTICO

Flui iníquo límpido refugio dos sonhos e lágrimas.
Cabê-la-ia à distância fugas do breve sorriso?
-Sim!
Entorpece os sentidos, doce veneno que drena o mundo.
Reincide, recorre, persegue.
Silêncio perturbador, tremor, a libido; mecanismo desconhecido do desejo explode em sensações, aflora às inversas palavras da razão.
Impulsiona a máquina que bate em desconserto, enquanto a retina grava a imagem do desejo.
O veneno percorre o corpo febril.
Nada mas há de se fazer, o diagnosticado e irrevogável, é paixão!
Febre que arde sem arder, corpo que sente sem sentir.




ELLEN OGATH

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